quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Israel vai colocar íntegra manuscr. do Mar Morto


Equipe liderada por ex-pesquisador da Nasa deve recuperar trechos ilegíveis dos textos.Obras incluem versões antigas da Bíblia, textos apocalípticos e orientações de seita judaica.
Os textos mais importantes e polêmicos da época de Jesus vão ser disponibilizados na íntegra na internet, informa o jornal americano "New York Times". Trata-se da coleção completa dos chamados manuscritos do mar Morto, textos encontrados em Israel que datam do século 3 a.C. ao século 1 d.C. e traçam um retrato complexo e fascinante do judaísmo na época de Cristo. O Conselho de Antigüidades de Israel começou nesta semana a digitalizar os 15 mil fragmentos de texto, e a expectativa é colocá-los de graça na web nos próximos anos.
O trabalho é uma ferramenta essencial para a preservação desse legado histórico, porque os manuscritos do mar Morto só sobreviveram durante mais de 2.000 anos porque foram armazenados em condições especiais nas cavernas da região desértica de Qumran, na Cisjordânia. Mesmo com tentativas laboratoriais de manter os textos em situação semelhante, há exemplos de letras desaparecendo e outras ameaças à integridade física dos rolos.
O trabalho de digitalização dos manuscritos está sendo liderado por Greg Bearman, pesquisador aposentado do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa. Bearman está usando uma câmera especial que consegue recuperar trechos ilegíveis da antiga escrita hebraica e aramaica. O texto de todos os manuscritos (alguns equivalentes a livros inteiros, outros correspondentes a uma frase ou até uma única palavra) já foi publicado, mas a idéia é que especialistas e leigos do mundo todo possam ter acesso aos originais e consigam examiná-los virtualmente de vários ângulos.
A Bíblia inteira e algo mais
Aparentemente, os textos de Qumran, como são conhecidos, eram exclusivamente judaicos. Foram encontrados exemplares (inteiros ou fragmentados) de quase todos os livros da Bíblia hebraica (equivalente ao Antigo Testamento protestante), com exceção do livro de Ester e do Primeiro Livro das Crônicas. Apesar da existência de variantes, os manuscritos do mar Morto têm bom grau de concordância com o texto bíblico que chegou até nós, o que mostra a existência de uma tradição textual contínua entre as Escrituras que podemos ler hoje e as que existiam cerca de 200 anos antes do nascimento de Jesus. 
No entanto, as cavernas de Qumran também abrigavam jarros contando textos até então desconhecidos dos estudiosos do judaísmo antigo. Alguns são comentários sobre o texto bíblico, salmos e orações. Outros, porém, parecem retratar as crenças de uma seita judaica radical que teria vivido na região (embora essa interpretação esteja sob ataque atualmente). Um dos mais famosos exemplares dessa categoria é o Pergaminho da Guerra, também conhecido como "A Guerra dos Filhos da Luz contra os Filhos das Trevas", aparentemente uma espécie de apocalipse.
Há indícios de que a comunidade de Qumran se considerava a verdadeira representante da fé judaica, enquanto os sacerdotes do Templo de Jerusalém e a maioria dos outros judeus seriam condenados por Deus no Juízo Final. Até hoje, nenhum estudioso conseguiu demonstrar uma influência direta dos manuscritos do mar Morto sobre os primeiros cristãos. 
Fonte: G1

Melquisedeque - O Sétimo Livro... o melhor de todos...

Melquisedeque
Este é para mim o livro mais importante que já li nos últimos anos. 
Postei os seis livros que contam a História da Criação e agora estou lincando o sétimo Livro que contam duas histórias:
. A História de um Vaso
. A História de Salén.
É realmente impressionante!
A cada dia, uma revelação nova a respeito do Reino de Deus.
Está cada vez mais evidente o final dos tempos e a expectativa da volta de Cristo.
Maranata!!
(Clicar sobre o título para abrir o link do Livro.)

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Livro de Melquisedeque - A Criação do Universo 2

O tão acalentado sonho do Criador se concretizara. Agora, como Pai carinhoso, conduzia as criaturas através de uma_eternidade de harmonia e paz. Em virtude do cumprimento das leis divinas, o Universo expandia-se em felicidade e glória._Havia um forte elo de amor, que a todos unia fortemente. Os seres racionais, dotados da capacidade de um desenvolvimento_infinito, encontravam indizível prazer em aprender os inesgotáveis tesouros da Sabedoria divina, transmitindo-os aos_semelhantes. Eram como canais por meio dos quais a Fonte da Eterna Vida nutria a todos de amor e luz.
Em Jerusalém, os ministros do reino reuniam-se ante o soberano Rei, sempre prontos a cumprir os Seus propósitos. Era_através de Lúcifer que o Eterno tornava manifesto os Seus desígnios. Depois de receber uma nova revelação, ele prontamente a transmitia às hostes angelicais. Estas, por sua vez, a compartilhavam com a criação. Em célere vôo os anjos rumavam para as terras planetas capitais, onde, em grandes assembléias, reuniam-se os representantes dos demais mundos.
Em muitas dessas assembléias, Lúcifer fazia-se presente, enchendo os participantes de alegria e admiração. Perfeito em todas as virtudes, ele os cativava com sua simpatia. Nenhum outro anjo conseguia revelar como ele os mistérios do amor do Eterno.

O Universo, alimentando-se da Fonte da Vida, expandia-se numa eternidade de perfeita paz. A obediência às leis divinas era o_fundamento de todo progresso e felicidade. Ainda que conscientes do livre-arbítrio, jamais subira ao coração de qualquer_criatura o desejo de se afastar do Criador. Assim foi por muito tempo, até que tal problema irrompeu na vida daquele que era_o mais íntimo do Eterno.
Lúcifer, que dedicara sua vida ao conhecimento dos mistérios da luz, sentiu-se aos poucos atraído pelas trevas. O Rei do_Universo, aos olhos de quem nada pode ser encoberto, acompanhou com tristeza os seus passos no caminho descendente que leva à morte. A princípio, uma pequena curiosidade levou Lúcifer a se aproximar daquele abismo profundo. Contemplando-o, ele começou a indagar o porquê de não poder compreender o seu enigma.
Retornando a seu lugar de honra, junto ao trono, prostrou-se ante o divino Rei, suplicando-Lhe:
- Pai, dá-me a conhecer os segredos das trevas, assim como me revelas a luz.
Ante o pedido do formoso anjo, o Eterno, com voz expressiva de tristeza, disse-lhe:
- Meu filho, você foi criado para a luz, que é vida.
Convencendo-se de que o Criador não lhe revelaria os tesouros das trevas, Lúcifer decidiu compreender por si mesmo o_enigma. Julgava-se capacitado para tanto.
Só Deus sabia o que se passava no coração de Lúcifer. O anjo, que fora criado para ser o portador da luz, estava_divorciando-se em pensamentos do bondoso Criador que, num esforço de impedir o desastre, rogava-lhe permanecer a Seu_lado.
Uma tremenda luta passou a travar-se em seu íntimo. O desejo de conhecer o sentido das trevas era imenso, contudo, os rogos_daquele amoroso Pai, a quem não queria também perder, o torturavam. Vendo o sofrimento que sua atitude causava ao_Criador, às vezes demonstrava arrependimento, mas voltava a cair.
Antes de criar o Universo, Deus já previra a possibilidade de uma rebelião. O risco de conceder liberdade às criaturas era_imenso, mas, sem este dom, a vida não teria sentido. _ Ele queria que a obediência fosse fruto de reconhecimento e amor, por isso decidiu correr o grande_risco.
Ainda que prosseguisse na busca do sentido das trevas, Lúcifer não pretendia abandonar a luz. Esforçava-se para chegar a_uma combinação entre essas partes que, no reino do Eterno, coexistiam separadas. Finalmente, com um sentimento de_exaltação, concebeu uma teoria enganosa, que pretendia apresentar ao Universo como um novo sistema de governo, superior ao governar do Eterno. Denominou sua Lei "a ciência do bem e do mal".
Estruturada na lógica, a ciência do bem e do mal revelou-se atraente aos olhos de Lúcifer, parecendo descerrar um sentido de_vida superior àquele oferecido pelo Criador, cujo reino possibilitava unicamente o conhecimento experimental do bem. No_novo sistema, haveria equilíbrio entre o bem e o mal, entre o amor e o egoísmo, entre a luz e as trevas.
Ao longo do tempo em que amadurecera em sua mente a ciência do bem e do mal, Lúcifer soube guardar segredo diante do_Universo. Continuava em seu posto de honra, cumprindo a função de Portador da Luz. Contudo, por mais que procurasse_fingir, seu semblante já não revelava alegria em servir ao Eterno.
O divino Rei, que sofria em silêncio, procurava, por meio de Suas revelações de amor, preparar as criaturas racionais para a_grande prova que se aproximava. Sabia que muitos dariam ouvido à tentação, voltando-Lhe as costas. A noite da provação_faria sobressair, contudo, os verdadeiros fiéis - aqueles que serviam ao Criador não por interesse, mas por amor.
Ao ver que a hora da prova chegara, e que Lúcifer estava pronto para traí-Lo diante do Universo, o Eterno, que jamais_cessara de revelar os tesouros de Sua sabedoria, tornou-se silencioso e contemplativo. O silêncio fez reviver no coração das_hostes a lembrança daquela primeira excursão sideral, quando, depois de lhes mostrar as riquezas do reino da luz, Deus_tornou-se silencioso ante aquele abismo. Lembram-se de Suas palavras: "Todos os tesouros da luz estarão abertos ao vosso_conhecimento, menos os segredos ocultos pelas trevas. Sois livres para me servirem ou não. Amando a luz estareis ligados à_Fonte da Vida".
Lúcifer, que passara a cobiçar o trono de Deus, indagou-Lhe o motivo de Seu silêncio. O Criador, contemplando-o com_infinita tristeza, disse-lhe: "É chegada a hora das trevas. Você é livre para realizar seus propósitos".
Vendo que o momento propício para a propagação de sua teoria havia chegado, Lúcifer convocou os anjos para uma reunião_especial. As hostes, desejosas de conhecer o significado do silêncio do Pai, tomaram seus lugares junto ao magnífico anjo, que_sempre lhes revelara os tesouros do reino da luz.
Lúcifer começou seu discurso exaltando, como de costume, o governo do Eterno. Num amplo retrospecto, lembrou-lhes as_grandiosas revelações que os enriquecera em toda aquela eternidade.
O silêncio divino, apresentou-o como sendo a indicação de que o Universo alcançara a plenitude do conhecimento oriundo da_luz. Silenciando, o Eterno abria-lhes caminho para o entendimento de mistérios ainda não sondados, mantidos até então além_dos limites de Seu governo.
Surpresas, as hostes tomaram conhecimento da experiência de Lúcifer sobre as trevas. Com eloqüência, ele falou-lhes da_ciência do bem e do mal, indicando-a como o caminho das maiores realizações.
O efeito de suas palavras logo se fez sentir em todo o Universo. A questão era decisiva e explosiva, gerando pela primeira vez_discórdia. Os seres racionais, em sua prova, tinham de optar por permanecer somente com o conhecimento da luz, o qual_Lúcifer afirmava haver chegado ao seu limite, ou se aventurar no conhecimento da ciência do bem e do mal. No começo, os_anjos debateram-se diante da questão, sendo logo depois todo o Universo posto à prova. Dir-se-ia que a ciência do bem e do_mal haveria de arrebanhar a maior parte das criaturas, mas, aos poucos, muitos que a princípio se empolgaram com a teoria,_despertaram para a ilusão da mesma, reafirmando sua fidelidade ao reino da luz. Ao fim desse conflito, que se arrastou por_longo tempo, revelou-se um terço das estrelas do céu ao lado de Lúcifer, e as restantes, ainda que abaladas pela prova ao lado_do Eterno.
A ciência do bem e do mal fora apregoada por Lúcifer como um novo sistema de governo. Mas como exercê-lo, se o Eterno_continuava reinando em Sião? O conselho, formado pelos anjos rebeldes, passou a tratar disso. Decidiram, finalmente, solicitar-Lhe o trono por um tempo determinado, no qual poderiam demonstrar a excelência do novo sistema de governo. Caso fosse aprovado pelo Universo, o novo sistema se estabeleceria para sempre; caso contrário, o domínio retornaria ao Criador.
Foi assim que Lúcifer, acompanhado por suas hostes, aproximou-se d'Aquele Pai sofredor, fazendo-Lhe tal pedido.
O Eterno não era ambicioso, apenas queria bem às Suas criaturas. Se a ciência do bem e do mal consistisse realmente num_bem maior, não Se oporia à sua implantação, cedendo o trono a seus defensores. Mas Ele sabia que aquele caminho conduziria_à infelicidade e à morte.
Movido por Seu amor protetor, o Criador desatendeu o pedido das hostes rebeldes, que se afastaram enfurecidas.
Lúcifer e suas hostes passaram a acusar o divino Rei, proclamando ser o seu governo de tirania._Afirmavam ser sua permanência no trono a mais patente demonstração de Sua arbitrariedade. Não lhes concedera liberdade de escolha? Por que neutralizá-la agora, impedindo-os de pôr em prática um sistema de governo superior?
As acusações das hostes rebeldes repercutiram por todo o Universo, fazendo parecer que o governo do Eterno era injusto._Isto trouxe profunda angústia àqueles que permaneciam fiéis ao reino da luz. Não sabendo como refutar tais acusações, essas_criaturas, emudecidas pela dor moral, ansiavam pelo momento em que novas revelações procedentes do Criador pudessem_aclarar-lhes os mistérios desse grande conflito.
As acusações e blasfêmias das hostes rebeldes alcançavam o ponto culminante quando o Eterno, num gesto surpreendente,_ergueu-se de Seu trono, como que pronto a deixá-lo. Os infiéis, na expectativa de uma conquista, aquietaram-se, enquanto um_sentimento de temor penetrava no coração dos súditos da luz. Entregaria Ele o domínio de toda a criação, para livrar-Se das_vis acusações? De acordo com a lógica a partir da qual Lúcifer fundamentava seus ensinamentos, não restava outra alternativa_ao Criador. Nesta tremenda expectativa, o Universo acompanhava os passos de Deus.
Num gesto de humildade, o Criador despojou-Se de Sua coroa e de Seu manto real, depondo-os sobre o alvo trono. Em Seu_semblante não havia expressão de ressentimento ou ira, mas de infinito amor e tristeza.
Com solenidade, o Eterno proclamou que o momento decisivo chegara, quando cada criatura deveria selar sua decisão ao lado_da luz ou das trevas. Numa ampla revelação, alertou para as conseqüências de um rompimento com a Fonte da Vida.
Lúcifer e seus seguidores estavam conscientes da seriedade daquele momento. _ Vendo que o Trono permanecia vazio, Lúcifer e suas hostes, dominados pela cobiça, romperam definitivamente com_o Criador
Ao ver um terço dos súditos transpor as divisas da eterna separação, Deus deixou extravasar a dor angustiante que por tanto tempo martirizava Seu coração, curvando-Se em inconsolável pranto. Contemplando Seus filhos rebeldes, ergueu a voz numa lamentação dolorosa: "Meus filhos, meus filhos! Já não posso chamá-los assim! Queria tanto tê-los nos braços meus!_Lembro-Me quando os formei com carinho! Vocês surgiram felizes e perfeitos, em acordes de esperança em eterna harmonia!_Vivi para vocês, cobrindo-os de glória e poder! Vocês foram a minha alegria! Por que seus corações mudaram tanto? O que_mais poderia eu ter feito para fazê-los permanecer comigo? Hoje minh'alma sangra em dor pela separação eterna! Como_olharei para os lugares vazios onde tantas vezes rejubilantes ergueram as vozes em hosanas festivas, sem me vir à mente um_misto da felicidade e dor?! Saudade infinita já invade o meu ser, e sei que será eterna!
Hoje o meu coração rompeu e quebrou-se; as cicatrizes carregarei para sempre!
Depois de proclamar em pranto tão dolorosa lamentação, o Eterno, dirigindo-Se a Lúcifer, o causador de todo o mal, disse:_"Você recebeu um nome de honra ao ser criado. Agora não mais o chamarão Lúcifer, mas Satã, O Senhor das Trevas".
Depois de lamentar a perdição das hostes rebeldes, o Eterno, em lentos passos, ausentou-se do jardim do Éden, lugar do trono_Universal.. Onde seria agora a Sua morada....
As hostes fiéis acompanharam reverentes os Seus misteriosos passos de abandono, que pareciam descerrar um futuro difícil, de_sofrimentos e humilhações. Ocupariam os rebeldes o divino trono, profanando-o como domínio do pecado? Esta indagação_torturava o coração dos súditos do Eterno.
Deixando Sua amada Cidade, o Senhor da luz conduziu-Se, em meio às glórias do Universo, em direção do abismo imenso, a_respeito do qual silenciara até então. Ali deteve-Se mais uma vez, emudecido, enquanto parecia ler nas trevas um futuro de_grandes lutas. Ante o sofrimento do Eterno, expresso na tristeza de Seu semblante, os fiéis puderam finalmente compreender o_significado daquele misterioso abismo: consistia numa representação simbólica do reino da rebeldia.
Na face entristecida de Deus manifestou-se, por fim, um brilho que aos fiéis animou. Erguendo os poderosos braços ante as_trevas, ordenou em alta voz: "Haja luz."
Imediatamente, a luz de Sua presença inundou o profundo abismo e, triunfando sobre as trevas, revelou um mundo inacabado,_coberto por cristalinas águas. Com esse gesto, iniciava o Eterno uma grande batalha pela reivindicação de Seu governo de luz;_batalha do amor contra o egoísmo; da justiça contra a injustiça; da humildade contra o orgulho; da liberdade contra a_escravidão; da vida contra a morte. Batalha que, sem trégua, se estenderia até que, no alvorecer almejado, pudesse o divino_Rei retornar vitorioso ao santo monte Sião, onde, entronizado em meio aos louvores dos remidos, reinaria para sempre em_perfeita paz. As trevas, em sua fuga, apontavam para o aniquilamento final da rebeldia.
As águas abundantes que cobriam aquele mundo, até então oculto, simbolizavam a vida eterna que para os fiéis seria_conquistada pelo amor que tudo sacrifica.
O mundo revelado era a Terra. Visitada pelas trevas e pela luz, ela seria o palco da grande luta.

Rejubilavam-se os fiéis ante o triunfo da luz naquele primeiro dia, quando as trevas em sua fúria rolaram sobre o planeta,_sucumbindo-o em densa escuridão. A luz, que parecia vencida, renasceu vitoriosa num lindo alvorecer.
Ao raiar a luz do segundo dia, o Eterno ordenou: "Haja uma expansão no meio das águas, e haja separação entre água e_águas."
Imediatamente, o calor de Sua luz fez com que imensa quantidade de vapor se elevasse das águas, envolvendo o planeta num_manto de transparência anil. Surgiu assim a atmosfera, com sua mistura perfeita de gases que seriam essenciais à vida que em_breve coroaria o planeta. O Criador, contemplando a expansão, denominou-a "céus".
A atmosfera, que cheia de brilho envolvia a Terra, sombreou-se ao sobrevir o crepúsculo de um outro entardecer.

Livro de Melquisedeque - A Criação do Universo I

Antes que existisse uma estrela a brilhar, antes que houvesse anjos a cantar, já havia um céu, o lar do Eterno, o único Deus.
Perfeito em sabedoria, amor e glória, viveu o Eterno uma eternidade, antes de concretizar o Seu lindo sonho, na criação do Universo.
Os incontáveis seres que compõem a criação foram, todos, idealizados com muito carinho. Desde o íntimo átomo às gigantescas galáxias, tudo mereceu Sua suprema atenção.

Movendo-Se com majestade, iniciou Sua obra de_criação. Suas mãos moldaram primeiramente um mundo de luz, e sobre ele uma montanha fulgurante sobre a qual estaria para_sempre firmado o trono do Universo. Ao monte sagrado Deus denominou: Sião.
Da base do trono, o Eterno fez jorrar um rio cristalino, para representar a vida que d'Ele fluiria para todas as criaturas.
Como sala do trono, criou um lindo paraíso que se estendia por centenas de quilômetros ao redor do monte Sião. Ao paraíso_denominou: Éden.
Ao sul do paraíso, em ambas as margens do rio da vida, foram edificadas numerosas mansões adornadas de pedras preciosas,_que se destinavam aos anjos, os ministros do reino da luz.
Circundando o Éden e as mansões angelicais, construiu Deus uma muralha de jaspe luzente, ao longo da qual podiam ser vistos_grandes portais de pérolas.

Com alegria, o Eterno contemplou a Capital sonhada. _ Carinhosamente, o grande Arquiteto a denominou: Jerusalém, a Cidade da Paz.
Deus estava para trazer à existência a primeira criatura racional. Seria um anjo glorioso, de todos o mais honrado. Adornado_pelo brilho das pedras preciosas, esse anjo viveria sobre o monte Sião, como representante do Rei dos reis diante do_Universo.
Com muito amor, o Criador passou a modelar o primogênito dos anjos. Toda sabedoria aplicou ao formá-lo, fazendo-o_perfeito. Com ternura concedeu-lhe a vida; o formoso anjo, como que despertando de um profundo sono, abriu os olhos e_contemplou a face de seu Autor.
Com alegria, o Eterno mostrou-lhe as belezas do paraíso, falando-lhe de Seus planos, que começavam a se concretizar. Ao ser conduzido ao lugar de sua morada, junto ao trono, o príncipe dos anjos ficou agradecido e, com voz melodiosa, entoou seu_primeiro cântico de louvor.
Das alturas de Sião, descortinava-se, aos olhos do formoso anjo, Jerusalém em sua vastidão e esplendor. O rio da vida, ao_deslizar sereno em meio à Cidade, assemelhava-se a uma larga avenida, espelhando as belezas do jardim do Éden e das_mansões angelicais.

Envolvendo o primogênito dos anjos com Seu manto de luz, o Eterno passou a falar-lhe dos princípios que haveriam de reger o_reino universal. Leis físicas e morais deveriam ser respeitadas em toda a extensão do governo divino.
As leis morais resumiam-se em dois princípios básicos: amar a Deus sobre todas as coisas e viver na fraternidade com todas as criaturas. Cada criatura racional deveria ser um canal por meio do qual o Eterno pudesse jorrar aos outros vida e luz. Dessa forma, o_Universo cresceria em harmonia, felicidade e paz.
Depois de revelar ao formoso anjo as leis de Seu governo, o Eterno confiou-lhe uma missão de grande responsabilidade: seria_o protetor daquelas leis, devendo honra-las e revela-las ao Universo prestes a ser criado. Com o coração transbordante de_amor a Deus e aos semelhantes, caber-lhe-ia ser um modelo de perfeição: seria Lúcifer, o portador da luz.
O príncipe dos anjos; agradecido por tudo, prostrou-se ante o amoroso Rei, prometendo-Lhe eterna fidelidade.

O Eterno continuou Sua obra de criação, trazendo à existência inumeráveis hostes de anjos, os ministros do reino da luz. A_Cidade Santa ficou povoada por essas criaturas radiantes que, felizes e gratas, uniam as vozes em belíssimos cânticos de louvor_ao Criador.
Deus traria agora à existência o Universo que, repleto de vida, giraria em torno de Seu trono firmado em Sião. Acompanhado_por Seus ministros, partiu para a grandiosa realização.
Depois de contemplar o vazio imenso, o Eterno ergueu as poderosas mãos, ordenando a materialização das multiformes_maravilhas que haveriam de compor o Cosmo. Sua ordem, qual trovão, ecoou por todas as partes, fazendo surgir, como que_por encanto, galáxias sem conta, repletas de mundos e sóis - paraísos de vida e alegria -, tudo girando harmoniosamente em_torno do monte Sião.
Ao presenciarem tão grande feito do supremo Rei, as hostes angelicais prostraram-se, fazendo ecoar pelo espaço iluminado um_cântico de triunfo, em saudação à vida. Todo o Universo uniu-se nesse cântico de gratidão, em promessa de eterna fidelidade_ao Criador.

Guiados pelo Eterno, os anjos passaram a conhecer as riquezas do Universo. Nessa excursão sideral, ficaram admirados ante a_vastidão do reino da luz. Por todas as partes encontravam mundos habitados por criaturas felizes que os recebiam em festa. Os anjos saudavam-nos com cânticos que falavam das boas novas daquele reino de paz.
Tão preciosa como a vida, a liberdade de escolha, através da qual as criaturas poderiam demonstrar seu amor ao Criador,_exigia um teste de fidelidade. Com o propósito de revelá-lo, o Eterno conduziu as hostes por entre o espaço iluminado, até se_aproximarem de um abismo de trevas que contrastava com o imenso brilho das galáxias. Ao longe, esse abismo revelara-se_insignificante aos olhos dos anjos, como um pontinho sem luz; mas à medida de sua aproximação, mostrou-se em sua_enormidade. O Criador, que a cada passo revelava aos anjos os mistérios de Seu reino, ficou ali silencioso, como que_guardando para Si um segredo. As trevas daquele abismo consistiam no teste da fidelidade. Voltando-Se para as hostes, o_Eterno solenemente afirmou:
-"Todos os tesouros da luz estarão abertos ao vosso conhecimento, menos os segredos ocultos pelas trevas. Sois livres_para me servirem ou não. Amando a luz estareis ligados à Fonte da Vida".
Com estas palavras, fez Deus separação entre a luz e as trevas, o bem e o mal. O Universo era livre para escolher seu destino.

OS ROLOS DO MAR MORTO


Não extingais o Espírito. Não desprezeis as profecias. Examinai tudo. Retende o bem. ( I te. 5: 19,20,21) BIBLIA

(Uma Introdução aos Livros de Melquisedeque, um relato sobre a origem dos livros)

No deserto da Judéia, no litoral do Mar Morto, não distante de Jerico, acampava-se uma tribo semi - beduina conhecida como Taamireh. Era o início da primavera de 1947, quando um dos filhos daquela tribo, Muhammad edh-Dhib,um jovem de apenas 15 anos de idade, pastoreava o rebanho de seu pai. Ao_retornar para casa, descobriu que estava faltando uma cabra. Deixando o rebanho seguro no curral, retornou sem demora à procura da que havia se transviado._Depois de caminhar por muitas partes em busca da cabra perdida, o beduíno sentou-se à sombra de uma grande pedra, subitamente seus olhos voltaram-se para uma estreita fenda na rocha, arremessando uma pedra em direção do buraco. Fez várias tentativas, até que acertou o alvo._Sua conquista foi imediatamente seguida pôr um ruído surdo que repercutindo dentro da caverna,pareceu-lhe o som de um vaso de barro quando cai. Achou muito estranho aquilo, aproximou-se da pequena abertura, seus olhos começaram a avistar contornos que pareceu-lhe grandes jarros de barro. Retornando a sua tenda, contou a sua experiência ao irmão mais velho, Ahmed Muhammad, assim que o dia raiou, pediu que seu irmão o levasse àquele lugar._Encontraram nos vasos vários rolos de couro de cabra, concluíram que poderiam conseguir algum dinheiro com eles, vendendo-os para algum sapateiro._Khalil Iskander Shahin, conhecido como Kando, tinha uma sapataria em Belém. Remendava uma bolsa quando dois beduínos entraram em sua sapataria arrastando consigo sete grandes rolos. Colocando-os sobre o balcão,perguntaram o quanto ele poderia pagar pôr todo aquele couro. Analisando os rolos,viu que estavam muito envelhecidos e, com certeza, não lhe seriam muito úteis._Khalil estava para se despedir dos moços, quando observando todas aquelas escritas, resolveu adquiri-los, pensando em revendê-los para algum colecionador de antiguidades. Pagou então uma ninharia por eles, e os rapazes, ainda que cansados pôr todo esforço, saíram agradecidos._Athanasius Y. Samuel, arcebispo metropolitano do Mosteiro São Marcos, em Jerusalém, tomou conhecimento sobre os rolos, adquiriu quatro deles. Alguns dias depois, Khalil vendeu os outros três, para o professor Eleazer Lipa Sukenik da Universidade Hebraica de Jerusalém._Ao analisar os seus quatro rolos, Athanasios, conscientizou-se de haver adquirido uma preciosidade. Decidido a fazer fortuna com sua venda, levou-os clandestinamente para os Estados Unidos, onde passou a oferecê-los para pessoas e instituições que acreditava poder se interessar pôr eles. Ninguém, contudo, aceitou sua proposta, pois o preço exigido era muito alto._Desanimado, Athanasios decidiu, numa última tentativa, colocar um anúncio no Wall Street Journal, o General Yigael Yadin, Chefe do Estado-Maior do Exército Israelense, estava à procura dos manuscritos, quando ao ler o Wall Street Journal, foi atraído para o pequeno artigo que falava daqueles quatro rolos encontrados no Mar Morto, contendo manuscritos bíblicos datados, o mais tardar, pelo ano de 200 a.C, Yigael era filho do professor Eleazer que comprara os três últimos rolos._Desde então, estavam desesperados à procura dos outros quatro. Yigael pagou 250.000 dólares pelos quatro rolos_Ao serem os sete rolos cuidadosamente analisados pôr eruditos em Israel, comprovou-se que se tratavam dos mais antigos manuscritos já descobertos pelo homem, datados de tempos anteriores aos dias de Cristo. Um dos rolos, o mais conservado dos sete, apresenta uma cópia do livro de Isaías que, ao ser comparado com as cópias modernas, trouxe a certeza de que não houve nesses dois milênios nenhuma alteração significativa de sua mensagem profética._Os demais manuscritos, que são também de grande importância, são: O Manuscrito de Lameque, conhecido como O Apócrifo de Gênesis, que apresenta um relato ampliado do Gênesis; A Regra da Guerra que descreve a grande batalha final entre os filhos da luz e os filhos das trevas, sendo os descendentes das tribos de Levi, Judá e Benjamim retratados como os filhos da luz, e os edomitas, moabitas, amonitas, filisteus e gregos representados como os filhos das trevas. Há também um pergaminho com Os Hinos de Ação de Graças (Hodayot), uma seqüência de 33 salmos que eram cantados, em cultos de adoração ao Criador._Dois anos depois da experiência daqueles jovens beduínos, dois arqueólogos, G.L.Harding e R. De Vaux, auxiliados pôr quinze habitantes daquela região do Mar Morto, começaram novas buscas nas proximidades daquela caverna que viria a ser conhecida como Gruta 1._No mês de fevereiro de 1952, encontraram finalmente, ao sul da Gruta 1, a Gruta 2, na qual encontraram partes de dezessete manuscritos bíblicos e uma porção maior de partes de manuscritos não-bíblicos. Ao todo, encontraram 187 fragmentos._Com a descoberta da Gruta 2, a atenção dos arqueólogos e de todos aqueles pesquisadores do Mar Morto, voltou-se para as cavernas._no dia 14 de março, encontraram a Gruta 3. Além de centenas de fragmentos de outros manuscritos, encontraram nesta caverna um documento muito especial: eram três folhas de cobre muito fino, cada qual medindo 0,30 m pôr 0,80 m._Examinando aquelas lâminas de cobre, descobriram que elas compunham originalmente num único rolo, pois suas extremidades traziam as marcas de seu ligamento. O estudo posterior deste documento, revelou-se ser de grande importância, pois trazia detalhadas informações sobre as demais grutas que_continham documentos e tesouros._À medida em que novas grutas eram descobertas, novos documentos vinham à luz, Depois da descoberta da Gruta 6 em setembro de 1952, as buscas foram intensificadas, não trazendo, contudo, nenhuma nova descoberta pôr um período de quase três anos. Na manhã do dia 2 de fevereiro de 1955, quando vencidos pelo desânimo, estavam a ponto de suspenderem as buscas, foram_agraciados pela descoberta da Gruta 7, renovados em seu ânimo de_prosseguirem com as procuras, entre os dias 2 de fevereiro a 6 de abril de 1955, haviam sido agraciados com os tesouros das Grutas 7, 8, 9 e 10.Com todo esse sucesso, intensificaram ainda mais as buscas, mas sem nenhum resultado._Em janeiro de 1956, quatro irmãos beduínos encontraram a gruta 11 , foram encontrados jarros com livros deteriorados ,dois rolos muito conservados: o Livro de Levíticos e o Livro de Ezequiel, também foi encontrado um grande rolo, o Livro de Melquisedeque. O rolo, na verdade, consistia numa seqüência de sete manuscritos costurados uns aos outros. Dos sete, os seis últimos traziam neles um relato minucioso da história do Universo, desde sua origem até a consumação dos tempos, o primeiro manuscrito traz dois relatos distintos: O primeiro conta a história do livramento de Ló e de muitos habitantes de Sodoma que haviam sido levados cativos por um grande exército;_Acompanhado por apenas 318 pessoas, Abraão, sob a orientação de Yahuh conquistou um miraculoso livramento, triunfando sobre todos os inimigos.(Gênesis 14 e 15); Essa primeira narrativa, continua até a destruição de Sodoma e Gomorra, seis anos depois. O segundo relato do primeiro rolo, traz a história de Salém._Por ocasião das descobertas das onze grutas, os territórios do Mar Morto encontravam-se sob jurisdição da Jordânia, cujo governo garantiu direitos exclusivos de estudo a oito especialistas liderados pelo padre Roland de Vaux, do Centro Bíblico e Arqueológico de Jerusalém, que vedou o acesso de_qualquer pesquisador judeu aos pergaminhos._Em 1967, por ocasião da Guerra dos Seis Dias, Israel, ao conquistar a margem ocidental do Jordão, adquiriu o controle dos documentos, mas também só permitiu que um pequeno grupo os estudasse. Alguns foram traduzidos e divulgados mais tarde, mas o mundo continuou desconhecendo o que havia na_maior parte desse tesouro._Somente em setembro de 1990, os manuscritos começaram a ser mais amplamente divulgados, quando dois estudiosos do Colégio Hebreu de Cincinatti, nos Estados Unidos, Ben-Zion Wacholder e Martin Abegg, tiveram acesso a uma cópia de um código de referências (relação de palavras com sua posição nos diferentes manuscritos) dos pergaminhos._Por razões de segurança, o governo israelense havia distribuído algumas cópias desses quebra-cabeças por instituições judias em todo o mundo, além de ter depositado microfilmes dos pergaminhos sob a guarda de oito bibliotecas, a maioria nos Estados Unidos, com o compromisso de que não fossem liberados para o público._No final de 1.999, rompendo com todo este cerco, a Biblioteca Huntingdon, de Los Angeles, uma das que detinham uma cópia micro-filmada dos pergaminhos, liberou a consulta para estudiosos de todo o mundo._Dentre os sete rolos que foram retirados da Caverna 11 pelos beduínos, foram declarados autênticos os seguintes manuscritos: Livro de Salmos, Livro de Levíticos, Livro de Ezequiel e Livro de Jó. Os rolos restantes: o manuscrito sobre a Nova Jerusalém, o segundo rolo de Salmos e o Livro de Melquisedeque, foram declarados pelos peritos como apócrifos.