sábado, 29 de maio de 2010

Conversão, Farisaísmo e Novo Nascimento



Sobre conversão, farisaísmo e novo nascimento, tenho algumas coisas para as quais devo explicação.

O diabo jamais conseguirá perverter a obra perfeita da Redenção.

O que ele faz?

Perverte a informação acerca da redenção.

Assim como o diabo não pode perverter a salvação, não pode impedir que pessoas recebam a salvação.

Como ele não pode impedir aquilo que já está feito e consumado, ele faz o que sempre fez: engana e faz a sua pregação de um evangelho pervertido, pelo qual, as culpas dele mesmo, são atribuídas ao "pecador", no qual não há dolo, pois é nascido em pecado.


Desta forma, em meio a acusações que são seu prato predileto, ele se utiliza das instituições religiosas para manter o jugo e a dominação sobre aqueles que receberam a mensagem e se "converteram".
Ele utiliza a tal "conversão", que via de regra significa uma mudança de rumos e comportamentos na vida do novo convertido, em uma condição de superioridade moral e espiritual, validada por manifestações de pureza e santidade.
Então, pela autoridade da escritura, são atribuídas obrigações e jugos de ordem moral e religiosa ao "novo convertido", transformando-o num novo fariseu, seguidor das cartilhas bibliânicas e judaicas.

O recém convertido, é tirado como peixe de um lodaçal e atirado nos aquários denominacionais sob o jugo dos sacerdotes e intérpretes de Deus na terra, transformando-se em pouco tempo em um tubarão comedor de peixe. Ele se transforma de acusado para acusador.

É de tal forma pesado o jugo imposto ao novo convertido, que, para manter a salvação do sujeito, o ideal seria matá-lo ali no altar onde ele "aceitou a Cristo". Aí sim seria "certa" a salvação.
Ele não teria tido tempo útil para duvidar, pecar e apostatar da fé.


Alguém perguntou a razão de tanta indolência por parte das igrejas na tarefa de evangelização, e já respondeu com uma tremenda enxurrada de citações e bibliografia legalista defensora de uma santa e pura igreja imaculada capaz de mudar o mundo. 

Creio que a razão da indolência, é a ignorância da Graça, do Reino e do Evangelho Eterno. 
Ninguém quer para os outros o que não quer para si mesmo, lá dentro, onde a verdade confronta a verdade. 


Este "evangelho" que conhecemos e nos foi pregado, assemelha-se ao cara que vai pescar. 


Na ponta do anzol ele coloca uma linda e suculenta minhoca. 
Por baixo, há um anzol pontiagudo. 
Atrás do anzol, uma discreta mas poderosa linha invisível na água. 
Logo ali, um puçá. 

Resultado: ou o peixe vai para um aquário, ou vira comida. Tal é a situação. 

O crente atrai o incrédulo com uma minhoca maravilhosa, A GRAÇA. Mas ali, embaixo dela está o ferrão da Lei. 

Uma vez ferrado, o novo convertido é colocado no puçá do legalismo, e depois lançado nos aquários denominacionais, onde vai servindo de alimento aos tubarões, ou se torna um tubarão pescador. 

Poderíamos idealizar um novo tipo de pescaria. Uma pescaria ecológica, onde o peixe, atraído pela graça e recolhido pela "suave mão de Cristo", seria tirado dos charcos e lançado no oceano da" liberdade em Cristo". 

Hoje poucos querem evangelizar, no sentido da anunciação da salvação. Os que querem, é porque descobriram que comer sardinha engorda o tubarão, e nem pescam mais com a chamada graça salvadora, mas com promessas de prosperidade e riquezas que também  é a proposta do diabo. 

Tudo te darei, se prostrado me adorares. A própósito, o pai de Jesus, deu todos os reinos deste mundo ao Ciro, em troca de adoração e uma casa em Jerusalém.

Voltando ao tema, estes vêem os tubarões gordos e vorazes e querem ser iguais, cada qual para ter seu enorme aquário particular. 

As ovelhas se tornaram pasto aos "pastores", ovelhas gordas que se alimentam das ovelhas indefesas. 

E os tubarões vão prosperando em nome de Jesus.  Tem algo errado aí.

3 comentários:

Doutrina Cristã disse...

excelente texto
parabéns

Estou seguindo seu blog – visite o nosso (Doutrina Cristã).
A ideologia não se mantém pelo que você domina, mas com o que você pensa e idealiza (LC).
Fique na paz de Cristo.
Luiz Clédio

Anônimo disse...

Boa postagem Ronald!

a comparação da graça como uma minhoca encobrindo o anzol da Lei é excelente.

Mas me diga, como faríamos para evangelizar? O evangelismo é válido?
O que diríamos uma pessoa evangelizada?

Continue com as postagens. Nos fazem pensar.
Abraço!

Ronald disse...

Lucas

A boa nova é a seguinte.
Tá tudo pago
Tá tudo quitado
Tá consumado.