domingo, 17 de abril de 2011

Homossexualidade, Homofobia, pecadofobia


Vou direto ao ponto.


Há um deus que acusa a humanidade.

Ele acusa todos os pecadores, os homossexuais, os heterossexuais, os bissexuais e outras categorias. Aonde tem acusação de pecado, ali está ele.  Desde o princípio. Ele acusa e amaldiçoa o Adão, e de quebra, a terra.

O que me conforta, é que se há um falso deus, deve haver um VERDADEIRO.

Da mesma forma, parece haver dois Jesuses. Um falso e outro que parece verdadeiro.

Um aparentemente tudo perdoa, o que não é verdade, pois na hora H, repassa para o pai a tarefa de perdoar, o que de fato não acontece, posto que este exige sangue inocente para remissão de pecados. O outro tudo condena, e se aproveita de sua condição de "perfeito" para justificar a condenação que impõe pela comparação.  É fácil e necessário discerní-los. A escritura misturou o caráter e natureza desses "Jesuses" propositalmente a fim de promover condenação.  (Tipo, estava na cara, mas vocês não quiseram ver. Preferiram as trevas do que a luz, preferiram a escravidão à liberdade.)

Até hoje tenho evitado escrever diretamente sobre o tema "homossexualidade", pois pouco escrevi sobre sexualidade e pouco sei sobre homossexualidade.

Devo dizer, no entanto, que tratar de sexo, sexualidade e homossexualidade de forma honesta nos coloca em confronto com o farisaísmo cristão vigente.

O que penso, é que o estigma do pecado original, a marca do pecado original, tem a ver necessariamente com sexo, com a mistura das sementes, com as relações proibidas entre as raças Adâmica e Luciferiana, bem como de suas derivações, que incluem sexo com anjos caídos, sexo com animais, homosexualismo e sexo entre os híbridos., sexo entre irmãos e aparentados. Daí a neurose, a culpa, a condenação, a repressão, a fixação, a deturpação que se abate sobre o mundo em torno do assunto.

Os advogados do diabo, os promotores de justiça do diabo deliciam-se brandindo a “biblia” sobre as questões sexuais e sobre os desejos sexuais do ser humano descendente do Adão e da mulher decaídos. Eles se instituem reguladores e controladores da sexualidade humana, quais gigolôs e cafetinas com suas “bíblias” em punho, seus dedos em riste e seus olhares acusadores.

A mulher adúltera é uma alegoria de uma das mulheres primordiais que adultera com Samael, Lúcifer, Satanail, Satanás ou qualquer outro nome que as culturas tenham dado a este ser primordial.

Como resultado dessa relação, surge o filho do diabo, o "Caim", o cara marcado no corpo, o cara que mata o Justo, o tal mágico Elimas, o encantador de serpentes, o cara que foge e anda errante (Hebreu) pela terra.

Esse "Caim"  tem uma relação incestuosa com a mãe a madrasta, e a irmã e homossexual com o próprio pai, o Lúcifer. A história oculta está contada em detalhes sórdidos nos episódios e lendas judaicas com seus heróis evangélicos, nos mitos e lendas antigas. Segundo a linha de raciocínio, essas relações também envolvem outros personagens primordiais e suas descendências, mas quem poderá provar?

Voltando ao tema, das condenações inspiradas pelo sacrossanto livro das acusações e condenações, o adolescente não pode se masturbar, os namorados não podem transar, os casados são obrigados a transar, ainda que sem amor, os divorciados, separados ou viúvos não podem transar, sendo condenados a uma vida de masturbação ou de abstinência sexual se não vierem a se casar novamente.

Quanto aos homossexuais, não podem ser o que são. Seria com alguém exigir ao pecador que não fosse pecador, ao coxo de nascença que não fosse coxo, ao canhoto que fosse destro.

Tratar da homossexualidade ou homoafetividade com honestidade é um problema insolúvel para o neo-fariseu, bibliânico judaizado.

Um certo homossexual falou da homossexualidade como sendo algo que só um idiota poderia escolher como modo de vida. Entendo que ele a  vê como algo negativo, o que de certa forma já o coloca emparelhado com o pensamento homofóbico vigente.

O que posso dizer privadamente e com honestidade em relação ao que penso no momento sobre o assunto, é que não há pecado no mundo que não tenha sido cometido lá nos primórdios. As pulsões sexuais e homossexuais, as seduções do Lúcifer e da Lilith, a suruba original, a mistura das sementes, os incestos, são parte do pecado original.  A grande suruba, que o Satanás, ou acusador denuncia o tempo todo na Bíblia.

Pôxa, mas não é esse o pecado que o camaleônico Shaul, Saulo, Paulo, o iluminado denuncia em Romanos? Pois é.  Esse é o espírito acusador, o cara que andou fora do tempo e pregou em todo mundo o seu evangelho e amaldiçoa a que não o segue. É o mesmo "homem espiritual"  que acusa o homem, o engana e o expulsa do paraíso para que não coma da Árvore da Vida. Ele é o maior enrolador de todos os tempos. O mais genial, mais astuto, convincente e perverso.

Pois se as seduções primordiais com sexo e dinheiro derrubaram e arrastaram o "Homem e a Mulher" para se misturarem com a raça Lilithiana e Luciferiana, devo acreditar que não haja nesta terra macho ou fêmea imune a algum tipo de tentação na área em questão.

Da mesma forma, as pessoas são um reflexo ou refletem nas suas vidas particulares as pulsões dos seres primordiais. Uma prova ou indício disso é a astrologia, pois tais "astros", são de fato, simbologias de seres primordiais regentes deste universo decaído a inspirar e controlar as vidas sabe-se lá por que meios.

A repressão da sexualidade seja ela hetero ou homossexualidade, pela via da lei, da moral e da religião é atividade satânica em sua essência (acusatória e condenatória).

O discurso farisaico da denúncia de pecados, exigência de santidade é carregado de idealismo e hipocrisia.
Toda a regulação moral, sexual, comportamental exigida pela letra morta pode e acredito ser idealista, mas obviamente, na vida real nada disso acontece, e se chega a acontecer, é pura doença e repressão que ao final resulta em muito sofrimento. Ela serve para induzir o homem decaído à uma culpa que originalmente não é dele, mas do próprio acusador que se regozija em acusar, acusar e acusar.

A religião “cristã” impõe ao “convertido” um novo nascimento como reza o versículo.

O convertido, ou novo-nascido não pode pecar mais, não peca mais, não pode mais estar sujeito aos desejos e obras da carne.

As obras da carne todos sabemos, já foram listadas por gente famosa e "importante", os velhos acusadoares, de forma que nos encontramos diante de um impasse: Como pode um nascido-de-novo ter vida sexual ativa sendo solteiro, já que segundo a “biblia” sexo fora do casamento e homossexualidade é pecado? Pois não é pecado o apenas olhar com intenção impura como acusa  o Jesus em sua versão dada pelo velho cobrador de impostos?

Ora, a questão é simples, porque o problema do pecado está na carne. Se tirar a carne da jogada, some o problema do pecado.

  Na verdade, o verdadeiro nascido-de-novo, é aquele que já se despediu desta carne de pecado, (morreu)  e que por misericórdia e graça Do DEUS ABSOLUTO recebe uma nova veste, um corpo glorificado, um novo corpo. Em resumo, já foi absolutizado.

Este novo corpo não peca mais. O novo nascimento não é esta conversão em que se presumem novos-nascidos os crentes fundamentados no Moisés, no Saulo e sua Torá.

Isto que temos chamado de conversão e novo nascimento é nada mais e nada menos que o surgimento de um novo-fariseu, novo-religioso, que sai de uma posição de pecador-ignorante ou pecador-confesso, ou ainda de pecador-arrependido para uma super-classe de novo-crente, com direitos especiais de se tornar e vir a se tornar assistente de acusação do diabo.

Essa condição é otimizada quanto mais letrado e mais estudado nas leis do "Senhor" é o novo-fariseu.

Voltando ao sexo ou homossexo, que é a questão, eu imagino as noites de insônia que DEUS deve ter, pensando na sexualidade de um bilhão de chineses, que nunca ouviram falar do evangelho evangélico ou do evangelho católico, ou ainda de outros tantos, indianos, africanos, americanos e brasileiros.

Deus não está preocupado com o pecado de pecadores congênitos. Quem está preocupado é o diabo, acusador que se faz passar por Deus, o deus deste mundo, o deus de Abraão, Isaque e Jacó.

Sexo?
Homem e mulher os criou?
Ou existiu uma história anterior omitida deliberadamente pelo contador de histórias?
Foi assim desde o princípio?
Quem mente desde o princípio?
Quem contou a "história" desde o princípio?
Quem separou corporalmente o homem e a mulher?

Seja lá o que tenha verdadeiramente acontecido no princípio, o amor ainda parece ser o ideal do comportamento.

Pois o homem que anda em amor, não fode com o seu próximo, não fode consigo mesmo, não fode com sua parceira, não fode com seus filhos, isto para usar um linguajar bem popular e claro para todos. Que me desculpem os fariseus de carteirinha.

Felizes aqueles que em amor e sabedoria conseguem uma vida sexual equilibrada, uma vida de paixão e entrega com a mulher ou homem dos seus sonhos. Felizes aqueles que encontram um parceiro fiel. Felizes os que são felizes na fidelidade e no amor ao parceiro.
Nem todos tem essa felicidade. Muitos estão na busca, outros nem querem mais buscar. Contentam-se em ir pelo caminho alimentando-se das espigas que caem pelo solo.
A vida do descasado é dura.

Um crente descasado oraria assim: Pai nosso que estás no céu…. Dá-nos o sexo de cada dia, dá-nos o afeto de cada dia, dá-nos o gozo de cada dia… e livra-nos do mal.
Uma pessoa que se sabe salva por DEUS é honesta consigo mesma e sabe que é pecadora e que não há nela virtude alguma.

Resumo da novela: Tenta amar ao teu próximo. A obrigação de amar já lança em condenação toda a humanidade.

Adaptei  este texto abrangendo um pouco da questão da homossexualidade.

Creio que há vários caminhos para a instalação da homossexualidade e homoafetividade no ser humano. Creio que há os que assim nasceram, os que se tornaram mediante processos derivados de um histórico educativo e experiencial, seja de traumas, vivências fruto de relacionamentos com terceiros, pais, mães, irmãos e relacionados e ainda os que entraram por esse caminho por sua própria conta, em consciência de seus próprios atos na idade adulta.

A origem dessas pulsões, como já falei, é lá nos primórdios. Exigir qualquer mudança, conversão é farisaísmo.

Quem vive debaixo do jugo do diabo já vive o inferno da condenação.

Livrar-se do jugo do Jeová, sua prole e demais acusadores  é a primeira providência para a pacificação do ser.

Ter consciência da graça absoluta é um bálsamo para a existência, e nos possibilita agir com graça e perdão para consigo mesmo e para com o próximo. Talvez seja a única forma de haver libertação de prisões e tentações nessa área.

Fugir das igrejas e das religiões é imperioso. Converter crente da condenação para a GRAÇA é impossível, pois a tal falsa graça escriturística tem custo de sangue.

Anunciar a GRAÇA para os fodidos, desesperados, estuprados e repudiados pela religiosidade vigente não só é possível como necessário. Não há como fazer igreja para homossexual como não há como fazer igreja para heterossexual ou qualquer tipo de pecador. Quem mandou fazer igreja e encurralar pessoas em currais foi o diabo.

O DEUS verdadeiro tira as pessoas dos apriscos e prisões. Ele faz isso de forma absoluta e completa no tempo que se chama eternidade, no dia sétimo, no último dia, o dia do descanso, quando todos descansaremos desta vida terrena.


3 comentários:

JessicA disse...

Oi. Interessante sua postagem sobre homofobia. Sinto-me a vontade (não com todos os irmãos, hehehe) para dizer que tenho pensado muito sobre o assunto e me questionado sobre estes "grandes temas" que a igreja pega para apontar o dedo para as pessoas e escolher quem é ou não "digno" de Deus. Concordo que o imperativo de nossos relacionamentos entre irmãos deva ser "ama ao teu próximo" e não "acusa o teu próximo". Mas ao mesmo tempo tenho receio de dizer "homossexualismo não desagrada a Deus" pois penso que cada pessoa (que vive este dilema) deve buscar EM DEUS a resposta. Para quem não tem questões em sua própria vida com o homossexualismo, talvez isto nem devesse ser da nossa conta. Ao menos é isto que tenho conseguido elaborar ao buscar em Deus as respostas para estes meus questionamentos. E penso que nosso discurso como cristãos deveria ser exatamente este: deixar que quem vive uma sexualidade diferente da maioria, diferente da "verdade" da sociedade, busque em Deus se ELE se importa com isto ou não. Ora se o próprio Jesus disse que não veio para julgar o mundo, quem somos nós para querer fazê-lo e decidir quem é "digno ou não" de estar na presença de Deus. Ao mesmo tempo, tomar o partido contrário dizendo: não se preocupem, Deus não se importa que as pessoas tenham relacionamento homossexual, também nos coloca em uma situação complicada pois estaríamos sendo porta-voz de uma notícia que Ele não deu e, se Ele não estiver de acordo, somos responsáveis pelo pecado do outro, e pecado é separação entre o homem e Deus. Note que penso que o mesmo não se aplica para acusar. Jesus veio para os pecadores, ou seja: todos nós! Cada um individualmente deve buscar o que o separa de Deus, o que impede a comunhão. Nenhum homem consegue em vida chegar a um "estado de santidade" onde possa se colocar em um pedestal e dizer o que impede a comunhão dos outros com Deus. Jesus mandou anunciar o evangelho do Reino, e não ficar vigiando a vida dos outros para ver se estão pecando ou não.
A única coisa que me faz ficar em dúvida em relação ao homossexualismo é que a questão biológica mas, enfim... são dúvidas MINHAS que, se um dia Deus me levar a uma resposta, é uma resposta dada a mim para que eu possa compreender mais sobre ELE, Seu reino e Sua vontade, um percurso que cada cristão deve fazer individualmente, e não pela consciência ou acusação de outrem.
Abraço

Melqui disse...

Obrigado pelo teu comentário.

Anônimo disse...

seu texto fez o meu dia! ótimas palavras.