domingo, 13 de outubro de 2013

Melquisedeque e Ocultismo


Caro Ronald, 
tropecei nesta sua conversa sobre Melquisedeque e fiquei pasmo sobre tanta certeza sua acerca de um assunto sobre o qual tão pouco se sabe. 
Mais confundido fiquei quando li a sua interpretação à letra de uma passagem bíblica. Então um texto sagrado é para ser lido assim? 
Não será preferível uma leitura simbólica? 
A meu ver, a descrição dessa cena remete-nos para um mundo espiritual e não puramente terreno. Não será que essa descrição se refere a uma batalha no campo mental? 
Se há um ponto que concordo consigo, esse diz respeito ao desrespeito e à forma leviana a que assistimos quanto a interpretação de assuntos que as pessoas desconhecem completamente e para os quais é essencial uma abordagem a partir do seu nível anímico e não puramente intelectual.
Saudações amistosas. Pedro V.

Hahahah, Pedro, eu sou impulsivo, e olhando para trás, fico pasmo sobre tantas certezas que eu já tive. hhahahahah

Na verdade, minhas percepções acerca dos textos que você aparenta considerar sagrados, estão mais para discernimentos do que interpretações, eis que interpretações não questionam o mérito dos textos.

Em parte desta minha caminhada, no anseio de poupar o mérito da escritura, parti para a leitura simbólica, na qual se podem extrair inúmeras visões diferenciadas do rigor da letra.

Uma exemplo típico dessas leituras, está na decupagem do episódio em que "Jesus" liberta o jumentinho (híbrido) e entra com ele em Jerusalém (Reino).

Lindo. Conclusão: Esse é o Jesus verdadeiro e ele liberta o cativo híbrido filho do diabo com a suposta humana representado pela mãe do jumentinho, e o salva ainda que sob os protestos dos diabos/fariseus/judeus que perguntam o porquê de aqueles homens libertarem o jumento que estava preso.

Muito lindo... o tal Jesus que parece ser o Deus verdadeiro, o liberta por apenas uma razão: por que ele quer. Maravilha!

Que beleza! Quem imaginaria que havia um significado oculto nessa simples passagem? Quem imaginaria que o tal jumento teria nome e endereço?
Que a mãe do jumento teria nome e endereço?

Pois a escritura está repleta desse tipo de alegoria em que os "certos personagens" tem seus nomes e endereços "preservados", ou seja ocultos, num evidente ocultismo que é considerado abominação em toda a escritura.

Pois temos observado que certas culturas ocultistas e enigmáticas trabalham com seus segredos ocultos em alegorias e parábolas, que são enigmas, cada qual envolvendo outra alegoria e enigma, mas que ao final demonstram que o segredo sempre esteve explícito.

Quando você remete a cena do Melquisedeque a um mundo espiritual e das idéias, penso que acerta, posto que tais relatos aceitos como verídicos, históricos e terrenos pelos devotos da escrituras, me parecem alegorias de personagens, povos e dimensões que transcendem a ambientação terrena, histórica e temporal na qual são inseridos.

Esse tipo de história contada em enigma em ambientações fictícias do passado, presente e futuro, é um prato típico vendido pela literatura e o cinema. Chama-se de ficção, mas se observada em macro, revela sempre as mesmas questões e enigmas pertinentes às origens, às pulsões e paixões humanas, bem como aos poderes e reinos que são retratados em inúmeras versões e nuances nos roteiros da ficção e da vida real.
Uns chamam essas “casualidades e paralelismos” de reencarnações, carmas, avatares e coisas do tipo…

O que julgo interessante, é que aparentemente “alguém” sabe da “coisa”, e conta a sua versão da história através de algo que é chamado de “inspiração”, e pelo estilo, sempre oculto e em meio a sombras, imagens de espelho/invertidas, não tem nada a ver com DEUS ou aquilo que imaginamos ser DEUS, mas pode ter tudo a ver com Zeus.

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